Filho gay | A culpa de um filho ser gay é dos pais? – Igreja Gileade de Juazeiro do Norte
Uma das grandes ansiedades que os pais enfrentam é o medo do que os seus próprios pecados podem fazer para corromper nossos filhos. Medos paralisantes como este sempre surgem nas questões deste nosso podcast. Dentre esses medos, pode ser daqueles que creem no julgamento de Deus sobre pecados geracionais, pecados do passado sendo visitados nas gerações futuras. Mais comumente, é o medo de homens e mulheres jovens nascidos fora do casamento, ou nascidos em lares disfuncionais, que se perguntam se seu passado ou o passado de seus pais condena sua futura família a um destino de destruição. É o medo dos pais cristãos de filhos que se afastam do evangelho e estes pais ficam perguntando o que eles fizeram para estragar seus filhos. Também há homens e mulheres jovens que muitas vezes adquirem uma profunda convicção do pecado dentro de seus próprios corações, e acabam com isso tendo medo de até mesmo ter filhos por causa do que os seus próprios pecados poderiam fazer para corromper essas crianças. Em cada um desses cenários, encontramos a mesma pergunta assombrosa por trás de tudo: meu pecado arruinou ou ainda poderá arruinar meu filho?
E a mesma pergunta ecoa neste e-mail comovente de um pai muito triste. Ele escreve anonimamente. “Pastor John, minha esposa e eu temos quatro filhos, variando de vinte anos até o mais novo de oito anos. Recentemente descobrimos que dois dos nossos filhos, o de vinte e quinze anos, afirmam sofrer da chamada ‘disforia de gênero.’ O jovem de vinte anos está andando com o Senhor e sabe que é errado, lutando contra suas tentações e se esforçando para viver com Deus, ele frequenta uma igreja que tem fundamentos sólidos na Bíblia . Mas ele está na faculdade que fica a duas horas de distância, e ainda estamos preocupados com ele.
Já o nosso filho de quinze anos não é crente. Ele está em uma escola pública, e agora estamos tentando transferi-lo para uma escola cristã particular e vamos continuar tentando ajudá-lo e apoiá-lo. Mas ele tem sido frio e pouco receptivo. Conversamos com nossos pastores e pedimos oração, mas nos sentimos tão quebrados e tão sozinhos e tão impotentes neste problema. O que fazemos para lutar contra o desespero que enfrentamos todos os dias como pais fracassados? Como falhamos com eles? Por favor, nos ajude, Pastor John. Estamos destroçados e nosso coração está partido.”
Como eu tenho pensado e orado mais do que o habitual sobre esta questão e esta situação – que, é claro, é multiplicada dez mil vezes para pais cristãos em todo o mundo – há dez sugestões que eu tenho para os pais quando um filho se afasta da obediência a Jesus. Esse filho pode estar completamente afastado ou parcialmente afastado, desanimado – qualquer que seja a forma deste problema, aqui estão minhas sugestões:
1.Lamentar com esperança.
Fique triste profundamente, mas não se desespere. Entristeça-se enquanto se apega à soberana bondade e sabedoria de Deus. Seja como Jó, que caiu no chão, rasgou seu manto, raspou sua cabeça, sem dúvida chorou muito pela perda de seus filhos e disse: “O Senhor deu, e o Senhor tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21). Então, sofra profundamente, mas não desesperadamente.
2. Olhe para o Deus do impossível.
Não assuma que, enquanto seu filho vive, ele não retornará ao caminho da obediência. “O que é impossível para o homem” — e certamente parece impossível às vezes — “é possível para Deus” (Lucas 18.27). Olhe para o Deus do impossível.
3. Não assuma que a culpa é sua.
Não assuma que suas imperfeições como pai foram decisivas para causar essa desobediência em seu filho. Não assuma isso. Leia Ezequiel 18.1-32. Vou resumir as coisas:
Eis que todas as almas são minhas; a alma do pai, bem como a alma do filho, é minha; a alma que pecar morrerá. Se um pai justo gera um filho que é violento, um derramador de sangue, embora o próprio pai não tenha feito nenhuma dessas coisas, esse filho certamente morrerá. Seu sangue será sobre si mesmo. O filho não sofrerá pela iniqüidade do pai, nem o pai pela iniqüidade do filho.
O pai não sofrerá, e a mãe não sofrerá, pela iniquidade do filho. Em outras palavras, não podemos traçar uma linha reta de nossa própria paternidade para o pecado ou a justiça de nossos filhos. O ensinamento que percorre a Bíblia é que pais que falham podem ter bons filhos, e bons pais podem ter filhos que falham. Então, arrependa-se de todo pecado lembrado, mas não assuma que foi a causa decisiva da desobediência do seu filho.
4. Ame os seus filhos nas condições de Deus.
Decida amar seus filhos nos termos de Deus, não nos termos do mundo. Ou seja, amá-los com uma prontidão para sacrificar sua vida, mas ao mesmo tempo permanecer firme ao que Deus chama de certo e de verdadeiro, não o que o mundo chama de certo e verdadeiro. O esforço para amar alguém, mas abandonando o caminho de Deus da verdade e da justiça — que é o que muitos estão tentando fazer hoje — é falhar no amor. “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, Jesus disse isso em João 8.32. A verdade de Deus é o caminho do amor.
5. Fale a verdade ao seu filho.
Seja pessoalmente ou em cartas ou por mensagens no celular, fale a verdade para seu filho. Diga-lhes o que você acredita, por que você acredita nisso, e por que você acredita que é o caminho do amor. Não se afaste em auto-piedade ou raiva. Confie na verdade; fale com eles. Uma vez feito isso, então espere. Não os chateie ficando em cima deles — mas certifique-se de ter falado com eles a plenitude da verdade que você acredita ser o caminho do amor.
6. Comunique o seu amor.
Comunique seu amor — o amor que está disposto e pronto para ir a qualquer lugar, fazer qualquer coisa, a qualquer custo para a sua vida por causa da vida de seus filhos. Agora, eles podem pensar que a verdade que você abraça não pode ser amorosa porque ela não os afirma em seus pecados, mas eles sabem em seu coração quando você está pronto para dar sua vida por eles e que você não é egoísta. Eles sabem. Seu compromisso com a Bíblia fez você pronto para morrer pelo bem dos outros, especialmente seus filhos. Comunique a eles essa prontidão.
7. Ore sem cessar.
Ore sem cessar na confiança de que Deus é soberano e misericordioso, tardio para se irar, abundante em amor constante. E reúna alguns amigos — seja pessoalmente ou de outras maneiras — e juntem-se em oração pelos filhos uns dos outros. Confie em Deus enquanto você ora para que ele dê coisas boas para aqueles que lhe pedem, porque é o que diz em Mateus 7.11: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” Espere que Deus dê coisas boas enquanto você ora.
8. Discernir com que frequência abordar a questão.
Pense — com sabedoria cheia de oração e saturada de Bíblia — quantas vezes deve abordar o assunto com seu filho. Eu disse há um momento, “Não os chateie”, não force a barra. Alguns estarão totalmente fechados a qualquer comunicação. Isso é trágico, mas é real. Então, raramente se intrometa onde você foi proibido de se intrometer. (Raramente – eu não disse nunca.) Outros estarão mais abertos. Deus lhe dará discernimento. Isso é o que eu confio. Deus lhe dará discernimento – “sabedoria do alto”, como a Bíblia diz em Tiago 3.17.
Às vezes você vai apenas enviar uma nota de carinho, um “Eu te amo.” Esse é o texto: “Eu te amo.” Às vezes, notas mencionando algo precioso sobre o Senhor Jesus que você acabou de ler em suas devoções. Talvez, “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem.” (Salmo 103.13). Apenas diga isso. Às vezes, sua mensagem pode simplesmente dizer: “estou pensando em você hoje”.
9. Tornar claro o evangelho.
Periodicamente, deixe claro o evangelho simples e central para seu filho afastado ou que está se afastando. Deixe claro o evangelho central. Em outras palavras, de vez em quando — Deus vai deixar claro quantas vezes (Uma vez por ano? Uma vez a cada seis meses?) — você terá de lembrar-lhes que há sempre uma saída, um caminho de volta para Deus e para você, porque pode chegar um ponto em que eles queiram sair de onde estão.
Eles podem quer sair de sua desobediência, mas Satanás estará os cegando para qualquer esperança de que isso poderia acontecer, dizendo-lhes que não há saída; não há caminho de volta. E eles podem precisar de ajuda para lembrar o que eles conheciam tão bem e se tornou nublado. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os nossos pecados e para nos purificar de toda a injustiça” (1 João 1.9).
10. Prosseguir com alegria.
Prossiga com sua vida comum com alegria de coração partido, mas indomável, e negue a Satanás o triunfo de paralisar você em seu caminho de justiça por causa do caminho de injustiça de seu filho. Satanás adoraria matar duas pessoas com uma bala. Negue isso a ele.
Sim, seu filho precisa ver que você não é alegremente indiferente à sua desobediência. Mas tão importante quanto, ele precisa ver que Jesus é o seu tesouro supremo e que o seu universo, a sua vida, não gira em torno de seu filho. Ele não é o centro do seu universo. Cristo é. Ele não precisa de você caindo aos pedaços, recuando em autopiedade, andando “bicudo” por aí. Isso não é útil. Ele precisa de você revestido da força de Cristo e triunfante em Cristo.
A Onda da Graça
Agora, há tantas outras coisas além dessas dez coisas para dizer. Agora que eu terminei de falar tudo isso, pensei em diversas outras coisas, mas temos que parar por aqui. Mas estes são os pensamentos que vêm a mim agora enquanto eu estava orando e me preparando para isso. Então, vamos orar uns pelos outros, e que o Senhor traga o dia em que haverá uma onda de graça que vai trazer milhares de preciosos filhos perdidos para os braços de seus pais e do Senhor Jesus.
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Fonte: https://gileadejuazeiro.com.br/filho-gay-a-culpa-de-um-filho-ser-gay-e-dos-pais/
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